10 de dezembro de 2024 21:40

Suzano inicia 3ª fase do projeto “Aedes do Bem” 

Secretaria de Saúde ativou mais 30 caixas de mosquitos geneticamente modificados para diminuir a transmissão da doença Foto: Divulgação

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A Secretaria de Saúde de Suzano deu início nesta segunda-feira (26/02) à 3ª fase do projeto “Aedes do Bem” com a ativação de mais 30 caixas contendo ovos de mosquitos machos autolimitantes, que não picam e não transmitem doenças, com o objetivo de controlar os casos de dengue. A experiência que está sendo desenvolvida em parceria com a empresa Prime Soluções Ambientais, por meio da tecnologia Oxitec, foi testada pelo prefeito Rodrigo Ashiuchi; pelo secretário de Saúde, Pedro Ishi; pelo diretor médico Diego Ferreira; e pela coordenadora do Controle de Zoonoses, Priscila Arap, no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU) Alberto de Sousa Candido, no bairro Jardim Gardênia Azul.

Os detalhes referentes a essa técnica foram apresentados pela bióloga da Oxitec, Luciana Medeiros. Acompanhada da líder de performance do produto, Camila Souza, ela revelou que a tecnologia já garantiu 96% de redução da população dos mosquitos transmissores da dengue na cidade de Indaiatuba, que adotou a mesma iniciativa. O gerente e o consultor do setor comercial da Prime Soluções Ambientais, Julio Lima e Pedro Ferrari Menegaço, também participaram da atividade, demonstrando a resolutividade do projeto no combate ao mosquito Aedes aegypti.

A primeira etapa de implantação do projeto “Aedes do Bem” ocorreu em 6 de fevereiro, quando foram ativadas as primeiras 30 caixas, seguida da segunda etapa, em 16 de fevereiro. O processo tem ocorrido de forma gradual para que haja um controle da população de mosquitos no ambiente, que neste momento estão se concentrando em diferentes localidades do Jardim Varan.

A tecnologia se propõe a reduzir consideravelmente a quantidade de fêmeas em circulação, responsáveis pela transmissão da dengue, por meio do acasalamento. Os mosquitos geneticamente modificados, chamados de “insetos do bem”, iniciam uma procura pelas fêmeas e, após o cruzamento, os machos herdam a característica autolimitante. Por sua vez, as fêmeas não conseguem atingir a fase adulta. O resultado é a diminuição na quantidade de mosquitos transmissores e, consequentemente, o controle populacional na região tratada.

Para isso, foram distribuídos por 30 locais do Jardim Varan três caixas do “Aedes do bem”. Em cada um das semanas foi ativada uma dessas estruturas de cada ponto com água limpa, de modo a estimular o desenvolvimento deste mosquito geneticamente modificado, que, depois de algumas semanas, atinge a fase adulta e se consolida no ambiente.

Luciana Medeiros ressaltou o pioneirismo de Suzano, única cidade do Alto Tietê a adotar essa iniciativa. “Vemos o perfil inovador da prefeitura. O estudo que deu origem a essa tecnologia começou na Universidade de Oxford há 20 anos e agora virou um benefício para a população. É uma solução na qual a praga controla a própria praga, já que a característica autolimitante que está em campo faz com que a fêmea morra em 48 horas”, destacou a bióloga.

O secretário de Saúde frisou que o projeto “Aedes do Bem” se integra ao conjunto de ações que a administração municipal tem desenvolvido para prevenir a dengue. “Estamos atentos às principais práticas para diminuir a transmissão da doença, de forma que possamos preservar a saúde da população. Esse trabalho inovador, junto com a nebulização e as vacinas, têm nos ajudado a controlar o número de casos no município. A contribuição da população também é importante, evitando acúmulo de água nas residências”, garantiu o chefe da pasta.

O prefeito de Suzano ainda citou a decretação do estado de emergência e alerta epidemiológico, de forma a agilizar as respostas contra a transmissão da enfermidade. “Ainda na primeira quinzena deste mês, adotamos essa medida para neutralizar o avanço da doença. Estamos tomando todas as providências necessárias para que a população não sofra com o aumento dos casos. A parceria com as empresas que garantem essa tecnologia inovadora é mais uma iniciativa que vem nos ajudando com esse objetivo. Temos percorrido a cidade, conversando com líderes religiosos e representantes de moradores, reforçando as orientações necessárias e explicando o papel de cada um neste momento”, declarou Ashiuchi.

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