Um dos maiores erros nos últimos 10 anos, se não o maior, foi a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição, intitulada de PEC da transição.
A proposta tinha como objetivo autorização para furar o teto de gastos e assim, o novo governo poderia honrar alguns de seus compromissos de campanha.
Segundo os dados divulgados segunda-feira (29/01), o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registraram juntos um déficit primário de 230,5 bilhões de reais, em 2023. Vale destacar que em 2022, o Brasil obteve superávit superior a 50 bilhões de reais.
O resultado é pior do que o previsto. A expectativa da Fazenda era de um rombo inicial de 100 bilhões de reais nos cofres.
O déficit nas contas públicas é o segundo pior da história, ficando atrás apenas de 2020, ano de pandemia em que o governo Bolsonaro abriu crédito extraordinário para pagamento do até então Auxílio Brasil e demais despesas da COVID-19.
O Supremo atendeu pedido da união e autorizou o uso de créditos extraordinários para pagamentos de precatórios até 2026. A medida é garantia de que novos rombos virão e distanciarão ainda mais a economia do déficit zero perseguido por Haddad, além disso, a iniciativa altera as taxas de juros, mexe na inflação e impacta no câmbio.