21 de novembro de 2024 03:26

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Sem credibilidade, deputados da região decepcionam com a implantação do pedágio free flow

A região do Alto Tietê está sem representatividade Foto: Reprodução/Jornal Impresso Brasil

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A decepção com os deputados eleitos em 2020, André do Prado e Marcos Damasio, ambos do Partido Liberal (PL), representando o Alto Tietê e parte do litoral paulista, foi grande.

Dos 216.268 votos que Prado obteve nas eleições de 2020, (39,26%) foram dos municípios do Alto Tietê, mais o de Bertioga, num total de 84.923 votos (ver quadro ao lado). Já o seu colega de bancada, Marcos Damasio teve também boa votação, foi eleito com 183.219 sufrágios o que representam 20,32% dos votos só das cidades da região, mais o município de Bertioga que está sendo citado, justamente pelo fato da cidade estar recebendo uma praça de pedágio na Mogi-Bertioga, no sistema automático de cobrança Free Flow que foi deliberado pelo atual governador do Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) que mentiu para toda a população do Alto Tietê que não iria implantar pedágios nas rodovias Mogi-Bertioga com uma praça e Mogi-Dutra que será abusada não só por uma cobrança, mas por duas vezes com o sistema Free Flow que terá na saída de Arujá e o outro pouco antes do Condomínio Aruã.

Um cidadão que sai de carro de Arujá para Bertioga gastará, em média, quase R$ 15,00 ida e volta, valor que deve aumentar gradativamente a fim de gerar complicações nocivas a empresários do setor de hortifrúti, das indústrias e de moradores que usam as vias para o cotidiano, como fazer compras, ir à escola, shopping ou ao trabalho.

André do Prado se fortaleceu politicamente ao ser reeleito para o quarto mandato e assumir a presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). No entanto, apesar desse poder, ele demonstra pouca influência junto ao governo estadual para defender o Alto Tietê, seu principal reduto eleitoral. Exemplo disso são os novos pedágios e a falta de atenção do secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, aos problemas da região, que seguem ignorados pelo Estado. Na Alesp, deputados da oposição dizem que André é “pau mandado do governador”.

Já Damasio, no seu terceiro mandato, fala que aprova tudo que Tarcísio pede, mas a contrapartida para a região é zero!

Tarcísio foi cruel com a população do Alto Tietê, mesmo sendo bem votado

Com o fim das eleições municipais, o foco agora é para o pleito de 2026 que irá eleger deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente, isso nos traz à lembrança as visitas do desconhecido candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que bateu o pé, garantindo, se eleito que as rodovias que cortam a cidade Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga não teriam pedágios “Maldito o homem que confia no homem”, Jeremias 17:5 – Bíblia Sagrada. Mentiu!

Com quase um milhão de votos entre os municípios do Alto Tietê e Bertioga, Tarcísio foi cruel com a região. Ignorou a abertura do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, mesmo diante do caos na cidade mogiana que paga para a Santa Casa atender casos excepcionais e as Upas no atendimento emergencial, ocasionando muitas vezes problemas jurídicos pela falta de estrutura em determinadas anuências.

Tarcísio foi cruel em não tomar decisão rápida sobre os serviços prestados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em Mogi, haja vista que os moradores sofrem às vezes até 10 minutos nas passagens de nível na espera pelo trem passar e as cancelas se abrirem nas ruas Campos Sales, Nami Jafet, Cabo Diogo Oliver, Dr. Deodato Wertheimer, Braz Cubas e Jundiapeba, além das estações caindo aos pedaços, sem estrutura necessária.

O chefe do Estado disse ainda que iria regionalizar o sistema de saúde, outra mentira. Já se passaram dois anos do seu mandato e ainda, sequer colocou em pauta para discutir as mudanças da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), hoje Siresp, aliás, o secretário de Saúde Eleuses Paiva ignora os deputados, como se fossem nada.

As atitudes tomadas pelo governo do Estado e o fraco desempenho dos deputados que deveriam representar a região, demonstram que a última eleição foi um tiro dado no pé na escolha tanto do governador como dos deputados, infelizmente.

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