Quando o filho é feio, ninguém quer ser o pai, mas quando é bonito, todos querem ter o prazer de dizer que é seu. Esse é um velho ditado popular que se usa muito quando existe oportunismo sobre algo em discussão, neste caso, a extensão da Linha 11-Coral até o Distrito de César de Souza anunciada nesta semana pelo governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Essa é uma luta antiga, exclusivamente de moradores do Distrito e também da imprensa local que batalha desde o final dos anos 90, ainda na era de Waldemar Costa Filho, ex-prefeito da cidade. Como nesta semana o decreto foi assinado pelo chefe do poder executivo estadual, começou a surgir oportunista querendo se beneficiar do anúncio feito pelo governador. Alguns deputados “cara de pau”, fazem postagens como se eles fossem os responsáveis pela conquista, o que não é verdade. Na eleição passada, diversos moradores, políticos e pessoas da sociedade civil entregaram documentos reivindicando a extensão da Linha 11-Coral até César de Souza e não mais até a Estação dos Estudantes.
O deputado André do Prado (PL), atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), foi o primeiro a fazer publicação nas suas redes sociais a respeito do Decreto 69.049 que autoriza a licitação internacional para a concessão das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade todas da Companhia Paulista de Trens Metropolitano (CPTM), cujo Projeto é o Lote Alto Tietê.
Dentre os benefícios que serão aplicados, destaca a extensão de 4 km entre a Estação dos Estudantes até César de Souza na Linha 11-Coral, perímetro de Mogi das Cruzes, a expansão de 2,7km da Linha 12-Safira até Suzano, lembrando que hoje este percurso é até a Estação de Calmon Viana em Poá, a ampliação de 10,4 km da Linha 13-Jade até o Bonsucesso, além de quatro novas estações em Guarulhos, a modernização e reconstrução de estações, com novos investimentos em viadutos e passarelas, eliminando os cruzamentos nas passagens de nível.
Para os otimistas, acreditam que isso só poderá ser visto em 2030, já os oportunistas que querem se aproveitar das eleições de 2026, falam ou vão espalhar a notícia que nos próximos dias as obras irão começar, sendo que isso não é verdade em razão do trâmite que levará até o processo final, incluindo licitações, orçamento, política e a boa vontade do governador que em tempos eleitorais gosta de fazer promessas, só que depois, finge não se lembrar.
