27 de julho de 2024 00:29

Infiltração de facções criminosas em Prefeituras e Câmaras pode também influenciar no Alto Tietê

Polícia apura denúncias em vários municípios do Estado de São Paulo Foto: Divulgação

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O Jornal O Estado de S.Paulo (Estadão) fez uma matéria sobre a infiltração das facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), em municípios com o objetivo de obter contratos milionários com prefeituras e influenciar nas decisões políticas. De acordo com o veículo de comunicação, essa estratégia é focada em atividades lícitas para lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas, na qual prioriza o apoio às candidaturas para vereadores e prefeitos.

No Alto Tietê, pelo menos alguns desses casos deram indícios de que integrantes dos poderes públicos estavam envolvidos com ações do crime organizado. No caso de Biritiba Mirim, havia um secretário suspeito de ter participação com uma facção paulista, também em Arujá, foi outro registro que chamou a atenção, com a presença da grande mídia veiculando a prisão de secretários e pessoas envolvidas com o crime organizado.

Outros municípios na região estariam sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, conforme relatos de pessoas que preferem o anonimato.
Contratos milionários, com a suspeita de envolvimento com as facções criminosas acendem o sinal de alerta. Geralmente, estão no transporte coletivo, na coleta de lixo ou na área da saúde, locais em que os contratos são de valores vantajosos.

A série de reportagens iniciada pelo Estadão revela a profundidade da atuação do crime organizado no Poder Público, destacando casos de pagamento milionário de uma prefeitura a empresas de transporte vinculadas ao crime e a condenação de ex-políticos por envolvimento com elas. Em alguns casos, a influência criminosa resultou até no assassinato de um parlamentar, evidenciando o perigo que essas organizações representam à segurança nacional.

O Estadão trouxe o relato do promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco, que enfatizou o interesse das facções nos setores públicos. Ele relatou que isso geralmente ocorre nos contratos de coleta de lixo e transporte público. Além disso, o apoio financeiro e político aos candidatos nas eleições em diversas cidades paulistas exemplifica a estratégia de infiltração nas estruturas municipais.

Este movimento das facções rumo à política e administração pública marca uma evolução de gangues prisionais para organizações mafiosas que ameaçam a ordem e a segurança pública. A infiltração em áreas como transporte, saúde e gestão ambiental, acompanhada de violência e corrupção, destaca a importância crítica das eleições municipais de 2024 para o avanço ou contenção dessa influência criminosa.

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