Historicamente, a Ferrari não faz reestilização. Por outro lado, não estamos falando de uma montadora comum, mas da marca automotiva mais famosa do mundo. Assim, cada novidade é rebatizada, mesmo que as mudanças em relação ao modelo que substitui não sejam tão impactantes. E assim nasceu em Maranello a Ferrari Amalfi, sucessora da Roma.
Uma passagem de bastão que, da celebração da Dolce Vita, passa para o sol do mar Tirreno, mantendo praticamente intactas as proporções e a configuração geral do carro, modificando e atualizando nos pontos certos.
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Fonte: Ferrari
Exteriores
Na época – era o final de 2019 – a Ferrari Roma surpreendeu muitos (digamos todos) com suas linhas que quebravam o padrão clássico ao qual Flavio Manzoni, responsável pelo design de Maranello, nos havia acostumado. Não era – como muitos haviam suposto – um Portofino com teto fixo. Não. Suas linhas eram inéditas, mais suaves e polidas do que nunca, para um design geral quase desconcertante.

Foto de: Ferrari

Dela, a Amalfi se inspira, olhando, no entanto, para o motor V12 para se diferenciar, especialmente na dianteira. Os conjuntos ópticos permanecem finos e a partir deles parte uma linha que os une. A grade desaparece, para um minimalismo ainda mais acentuado, que naturalmente não abre mão de soluções refinadas para a aerodinâmica. Simplicidade no poder, sem simplismos. Para ter mais um exemplo, basta passar para a traseira, onde as luzes permanecem extremamente finas, fendas vermelhas na carroceria, e a asa móvel está escondida, pronta para surgir e proporcionar uma carga vertical de 110 kg a 250 km/h.
Modelo | Comprimento | Largura | Altura | Entre-eixos |
Ferrari Roma | 4,65 metros | 1,97 metros | 1,3 metros | 2,67 metros |
Ferrari Amalfi | 4,66 metros | 1,97 metros | 1,3 metros | 2,67 metros |
Interiores
Falar de Ferrari e colocar o volante como item primordial pode parecer estranho. Desconcertante. Talvez até fora de lugar. Mas é essa a ferramenta para domar todos os Cavallinos, incluindo a Amalfi. Não apenas em termos de dinâmica de condução: atualmente, os raios abrigam uma quantidade às vezes excessiva de botões, alavancas e assim por diante. Muitas vezes, porém, esquece-se da ergonomia. Traduzindo: é preciso oferecer facilidade a quem dirige.


Ferrari Amalfi (à esquerda) e Ferrari Roma (à direita), os interiores
Um ponto que na Ferrari Roma não se destacava, devido aos comandos touch no volante. Bonitos de se ver, menos de se usar. Uma crítica feita por muitos clientes e que chegou a Maranello, onde prontamente resolveram o problema.
Assim, na Ferrari Amalfi retornam os comandos físicos no volante. Bonitos e confortáveis. Não falta, naturalmente, o icônico manettino para mudar o caráter da GT do Cavallino. Mais dócil para passear, um concentrado de potência (640 cv não é pouca coisa) para se divertir na pista.
O resto muda e não pouco, com o monitor central em posição horizontal e não mais vertical, saídas de ar redesenhadas e outros detalhes completamente novos. Permanecem o painel digital e o monitor (opcional) para o passageiro. E, claro, muita atenção aos detalhes, materiais de alta qualidade e a habitual possibilidade de personalizar praticamente cada detalhe.
A Ferrari Amalfi vista ao vivo
Longa vida ao V8
Vamos à parte mais importante. Nada de downsizing, nada de eletrificação. Nem mesmo leve ou muito leve. A Ferrari Amalfi mantém o V8 de 3,9 litros da Roma, dando-lhe novo fôlego ao adicionar 20 cv, chegando a 640 cv. Claro, é de fato a Ferrari menos potente de todas, mas desafio qualquer um a reclamar do resultado final.

Foto de: Ferrari

A novidade em relação à Roma, no entanto, vai além dos números frios. O V8 biturbo da família F154, de fato, se beneficia de uma série de melhorias como eixos de comando mais leves, turbo capaz de girar mais rápido (até 170.000 rotações por minuto), centralina modificada e novo bloco. O resultado – dizem na Ferrari – é uma maior reatividade geral. Graças também à transmissão automática de dupla embreagem com 8 marchas, com estratégias de funcionamento otimizadas. A velocidade máxima permanece inalterada – 320 km/h – enquanto o tempo de 0 a 100 melhora em 1 centésimo, passando de 3,4 para 3,3 segundos. Melhora também a distância de frenagem, graças ao novo sistema brake-by-wire.
Modelo | Ferrari Amalfi | Ferrari Roma |
Motor | V8 biturbo 3,9 litros | V8 biturbo 3,9 litros |
Potência | 640 cv | 620 cv |
Torque | 760 Nm | 760 Nm |
Câmbio | DCT 8 marchas | DCT 8 marchas |
Velocidade máxima | 320 km/h | 320 km/h |
0-100 km/h | 3,3″ | 3,4″ |
Os preços
Nunca existiu e nunca existirá uma Ferrari barata. Caso contrário, não seria uma Ferrari. Existe, no entanto, uma Ferrari menos cara de todas e essa é a Amalfi, com preço a partir de 240.000 euros (claro, na Europa). Aos clientes, cabe então fazer os cálculos do valor a ser acrescentado para opcionais e personalizações diversos.
Trata-se de um aumento de cerca de 20% em relação ao preço da Ferrari Roma, vendida na época a partir de 200.000 euros. A ideia de uma Roma usada lhe atrai? Saiba que no portal pre owned da Ferrari, dedicado aos usados certificados, os preços começam em 200.000 e chegam a ultrapassar 250.000 euros.