O avanço alarmante dos casos de dengue em Santa Catarina exige ações articuladas e eficazes. O repasse de mais de R$ 15 milhões para 18 projetos de pesquisa, realizado pelo governo estadual por meio da Fapesc, é uma iniciativa que merece atenção e análise.
Os recursos, aplicados em projetos de sete instituições de ensino superior, abrangem áreas fundamentais como o impacto das mudanças climáticas, prevenção, diagnóstico e desenvolvimento de tecnologias de combate ao Aedes aegypti.
Essa abordagem multidisciplinar e sustentável demonstra um alinhamento estratégico com os desafios impostos pela doença, que já registrou crescimento de 156,41% nos casos prováveis em 2024.
Entretanto, o impacto dessas ações dependerá de dois fatores cruciais: a capacidade de transformar os resultados das pesquisas em práticas aplicáveis e o comprometimento com a implementação de políticas públicas que envolvam a sociedade.
A comunicação para prevenção e o diagnóstico precoce, por exemplo, podem ser amplificados por campanhas educativas e pela participação ativa da população.
Esse movimento reforça a importância do investimento em ciência e tecnologia para solucionar problemas de saúde pública. Santa Catarina dá um passo relevante ao apostar no potencial da pesquisa, mas é essencial que os esforços sejam acompanhados de um plano integrado para reduzir os focos do mosquito, presentes em 255 municípios, e fortalecer a infraestrutura de controle epidemiológico.
Vale lembrar que a prevenção ainda é a melhor estratégia contra a dengue. Evitar o acúmulo de água parada em recipientes como pneus, garrafas e vasos de plantas, além de manter caixas d’água e reservatórios devidamente fechados, são medidas fundamentais.
Os sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo, manchas na pele e fraqueza, devem ser prontamente comunicados a uma unidade de saúde. O combate ao mosquito Aedes aegypti depende do compromisso coletivo para que avanços científicos e ações práticas resultem em um ambiente mais seguro e saudável para todos.