Já são anos de reclamações e nada se resolve a respeito do CEAF (Componente Especializado da Assistência Farmacêutica), conhecida como Farmácia de Alto Custo que fica localizada no bairro do Shangai em Mogi das Cruzes, em frente a Prefeitura Municipal, na Narcisio Yague Guimarães.
Basta passar de manhã pelo local para ficar impressionado com as filas que dobram o quarteirão, além dos pacientes ficarem expostos debaixo de sol, chuva, frio e garoa.
Nesta semana, mais munícipes reclamaram do atendimento, lembrando que a farmácia é ligada ao governo do Estado e atende dez cidades do Alto Tietê: Mogi, Suzano, Poá, Ferraz, Itaquá, Arujá, Santa Isabel, Guararema, Salesópolis e Biritiba Mirim. Um dos pacientes relatou que ficou quase três horas esperando para conseguir atendimento.
O governo do Estado foi procurado pela reportagem para se manifestar a respeito das denúncias apresentadas ao jornal. Segundo relatou, é que a Farmácia de Alto Custo atende mais de 700 pacientes por dia e, há algumas semanas, enfrenta dificuldades em relação ao cumprimento do agendamento que acaba impactando diretamente na gestão e organização do atendimento. “Embora o aplicativo de agendamento ‘Remédio Agora’ seja uma importante ferramenta de facilitação de atendimento, parte dos usuários demonstram resistência no cumprimento dos horários agendados”.
O governo estadual também criticou a postura de alguns munícipes que não cumpre com a agenda apresentada. “Outro ponto relevante é o elevado absenteísmo diário dos pacientes previamente agendados, que gera acúmulo de pessoas em outras datas. Nos 20 primeiros dias de outubro, a unidade registrou 34% de absenteísmo”, informou.
De acordo com a assessoria de imprensa do governo do Estado, a unidade tem realizado ajustes no layout e nos fluxos de atendimento para melhor organização e otimização dos processos, além de realizar o remanejamento de colaboradores de rotinas administrativas internas para o atendimento aos pacientes. “A contar da entrada do paciente até a sua saída, o tempo médio para atendimento com agendamento tem sido de 45 minutos neste mês de novembro” , contestam.
Além do tempo de espera, houve denúncia sobre a falta de medicamentos, no entanto, o Estado, através da Secretaria de Saúde pediu para expor o nome dos medicamentos em falta a fim de que medidas sejam tomadas no que se refere a previsão de abastecimento.