Foi bater o olho e logo descobrir o que agradava mais no visual do Nivus GTS. Quer saber? A providencial retirada das barras longitudinais no teto que se transformaram num modismo e nada ou pouco acrescentam ao estilo de qualquer carro. Mesmo porque quantas vezes se vê nas estradas alguém transportando qualquer volume ou bagagem no teto?
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A decoração externa também é atraentemente discreta com destaque para as bonitas rodas opcionais de 18 pol., sutis filetes vermelhos, carcaças dos retrovisores em preto, assim como o teto e seu defletor traseiro que conjuga forma e função sem exageros.
O SUV cupê compacto substitui o Polo GTS e recebeu o mesmo motor turbo de 1,4 L, 150 cv e 25,5 kgf·m (com etanol ou gasolina), sempre com câmbio automático epicicloidal de seis marchas e troca manual por borboletas.
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Apesar de não aproveitar as características de maior resistência à detonação do etanol para entregar um pouco mais de potência e torque, acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 s, suficiente para facilitar ultrapassagens e retomadas no dia a dia, em uso urbano ou rodoviário.
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Mesmo sem faróis matrix do Polo GTS, ainda se trata de um conjunto moderno que dispensa os faróis específicos de neblina, contudo mantendo igual eficiência.
No interior, destacam-se filetes vermelhos discretos, bancos dianteiros do tipo concha, carregador de celular por indução com saída de ar-condicionado regulável por botão que também estará no novo Tera, no final de maio. Central multimídia tem nova interface e internet 4G a bordo.
Particularmente muito bom o trabalho de engenharia nas suspensões desde coxins até molas, amortecedores e barra estabilizadora (antirrolagem), além de 2 mm de redução na altura.
No primeiro contato no autódromo Capuava, em Indaiatuba (SP), as respostas em curvas surpreenderam positivamente por se tratar de um SUV e seu centro de gravidade mais alto. Para aumentar o nível de esportividade seria ideal um escapamento com sonoridade mais condizente com a grife GTS. Deve ter sido desconsiderado por questão de custos.
Preço (sem opcionais): R$ 174.990.

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Mustang com câmbio manual chega em julho

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Focado em entusiastas que apreciam a direção esportiva, o Mustang GT Performance Manual está limitado a uma importação de apenas 200 unidades. Motor é o mesmo Coyote V-8, 5 litros, da versão automática, porém recebe nova calibração, 9 cv a mais, agora 492 cv, e mesmo torque de 58 kgf·m com 80% já a 2.000 rpm. Relação massa-potência de apenas 3,67 kg/cv permite acelerar de 0 a 100 km/h em 4,3 s e velocidade máxima de 250 km/h limitada eletronicamente.
A caixa manual de seis marchas permite trocas sem tirar o pé do acelerador, sempre que o motor está a mais de 5.000 rpm e o pedal do acelerador pressionado a mais de 40%. Outro destaque, o Rev Match, simula automaticamente a aceleração momentânea nas reduções tornando-as mais suaves, rápidas e sem trancos.
Há ainda recursos como Drift Brake (freio de estacionamento eletrônico para derrapagem controlada das rodas traseiras) e Line Lock (travamento das rodas dianteiras para “queimar” pneus traseiros como nas provas de arrancada), além de indicadores de tempo de volta, aceleração, frenagem, força G lateral e longitudinal e medidores de temperatura do motor, temperatura e pressão do óleo e temperatura do diferencial. Internamente, destacam-se bancos esportivos Recaro e emblema com número de série de cada exemplar.
Preço: R$ 600.000.
Motul vê diversificação como aposta certa

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A empresa francesa de lubrificantes teve origem, curiosamente, nos EUA em 1853. No início, se chamava Swan & Finch, especializada em lubrificantes. De acordo com a Wikepedia, em 1932 Ernst Zaug negociou a distribuição na França de produtos da marca Motul originalmente da empresa americana. Em 1953, o centenário da companhia foi comemorado com o lançamento mundial do primeiro óleo multiviscoso no mercado europeu. No entanto, a Swan & Finch suspendeu suas atividades em 1957. No entanto continuou na França e a marca se consolidou ao longo das décadas seguintes, em nível global como Motul S.A.
Óleos sintéticos são os produtos de ponta da empresa, que se expandiu para atender a vários mercados. No Brasil tem fábrica há 33 anos, além de duas nos EUA e uma no México. O cenário brasileiro é desafiador, pois se estima que duas centenas de empresas produzam lubrificantes, a partir do óleo básico, embora as 12 principais detenham 80% de participação. O envolvimento histórico com as competições internacionais tornou a marca conhecida mundialmente.
Presidente da filial brasileira, o argentino Marino Perez afirma que a companhia mantém um pé no presente e outro no futuro. “Motores a combustão estão em 1,4 bilhão de veículos ao redor do mundo e, portanto, ainda serão relevantes por décadas à frente. Pretendemos continuar a crescer no País de 15% a 20% ao ano e em 2030 almejamos duplicar nossa cota atual. No entanto, diversificar é uma boa estratégia. Desenvolvemos uma linha completa de produtos para conservação e limpeza aplicáveis em qualquer tipo de carro, caminhão ou moto”, afirmou.
Feriados em abril impactaram vendas, mas previsões no ano continuam boas

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De fato, como observou a Bright Consulting, pela primeira vez desde o fim da pandemia da covid-19 houve recuo na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que também afetou o crescimento acumulado de vendas este ano: de 7,1% baixou para 3,6%. A razão foram dois dias úteis a menos sobre abril de 2024 e um dia a menos sobre março de 2025. Na soma dos quatro primeiros meses deste ano a comercialização de veículos leves e pesados subiu de 735.200 para apenas 760.288 unidades.
Apesar deste crescimento modesto, a Fenabrave mantém inalterada sua previsão inicial, anunciada em janeiro último, de vendas em torno de mais 5% sobre 2024, embora admita uma revisão ao final do primeiro semestre. Um recorte sobre o número de automóveis e comerciais leves elétricos e híbridos vendidos no período de janeiro a abril deste ano mostra um cenário de certa forma surpreendente, quando comparado ao primeiro quadrimestre de 2024.
Enquanto os veículos elétricos a bateria caíram 15% — 20.820 para 17.691 unidades — os três tipos de híbridos somados (básico, pleno e plugável) cresceram 73% — 30.449 para 52.776 unidades. Quando se somam híbridos e elétricos o resultado fica positivo em 37%. Essa distorção ocorre porque um híbrido básico (ou semi-híbrido, em uma classificação rigorosa) é bem mais barato que o pleno e o plugável, além de muito mais em conta que um elétrico. Por isso, o termo “eletrificado” acaba por gerar distorções estatísticas, sem refletir o que ocorre de fato no mercado.
Segundo os números oficiais liberadas pela Abeifa (associação de importadores) e também tabulados pela Bright, os modelos mais vendidos por categoria no mês passado foram, em unidades: elétrico, BYD Dolphin Mini, 2.177, menos 10%; híbrido plugável, BYD Song Plus, 3.140, mais 13%; híbrido básico, Fiat Fastback, 2.447 e híbrido pleno, Toyota Corolla Cross, 951.
A BYD tem lançado campanhas agressivas de descontos para sustentar as vendas. E já anunciou outra partida da China do seu novo supernavio com cerca de 7.000 modelos importados. O sindicato de metalúrgicos de Camaçari (BA) vem expressando dúvidas sobre as contratações prometidas, mas ainda longe de se tornarem realidade pelo cenário visto até agora.