Guarulhos ostenta números nada animadores quando o assunto é violência sexual contra crianças e jovens. Em 2023, o município registrou 546 denúncias sobre essa vergonha, que preocupa a sociedade, principalmente porque nem 10% dos casos, segundo os especialistas, chegam às autoridades.
Visando combater a pedofilia, a municipalidade em parceria com o Rotary Club, lançou o programa municipal “Nossas Crianças”. A iniciativa prevê a criação de uma rede integral de proteção por meio da sensibilização e da capacitação de servidores.
No entanto, essa situação se transforma em silêncio, quando as vítimas por medo, sofrem caladas, porque temem sofrer represálias dentro do ambiente familiar.
Através de campanhas de conscientização contínuas e educação preventiva, o programa criará uma cultura de proteção infantil, onde a violência sexual seja reconhecida como inaceitável e todos se sintam responsáveis por proteger os direitos e a segurança das crianças e jovens de Guarulhos.
A luta não para por aí. Embora aconteça há muitos anos, os crimes sexuais contra crianças e adolescentes só passaram a ser questionados e estudados a partir da década de 80. Tardiamente a CF/88 passou a garantir proteção às crianças e adolescentes com a criação da Lei 8.069/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Também foram inseridos os crimes de abuso e exploração sexual, estupro de vulneráveis no Código Penal, aumentando o conceito de proteção às crianças e adolescentes.
O próximo prefeito de Guarulhos terá a árdua missão de combater esse tipo de atividade e oferecer mais segurança para as crianças e jovens do município.