Um caso de desvio de recursos foi condenado pelo vereador de São Paulo, Rubinho Nunes (União), durante discurso na sessão da Câmara Municipal na terça-feira (21).
Cerca de R$83,6 milhões em incentivos fiscais para o Jockey Club, na zona sul, foram para empresas fantasmas ligadas ao ex-governador de Goiás, Marconi Perillo.
Segundo Rubinho, era ele o articulador direto do esquema. Os valores eram liberados por meio da Lei Rouanet a uma instituição criada pelo governo goiano em 2014, época em que Perillo estava à frente do Palácio das Esmeraldas. A empresa foi contratada, em tese, para cuidar do restauro das instalações do clube, patrimônio cultural da cidade.
Porém, em vez dos recursos irem para essas obras, que não saíram do papel, eram direcionadas a outras que não existiam.
Por pressão das autoridades municipais, elas emitiram notas fiscais frias e repetidas, principal comprovação da fraude. O dinheiro era destinado a bancar luxos dos supostos donos, alguns deles parentes diretos de Perillo.
Rubinho usou da fala para classificar, de forma irônica, os envolvidos de “ungidos” e “inocentes”.
Também chamou Perillo, um dos conselheiros do Jockey e atual presidente nacional do PSDB, de “parasita institucional”. A fala dele recebeu adesão de outros colegas, como João Jorge (MDB) que presidia os trabalhos.