As manifestações do domingo (21), contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, tomaram as ruas de todo o Brasil em um coro forte e intenso que gritava, dentre outras coisas: “sem anistia”. Em São Paulo, uma multidão ocupou a Avenida Paulista no ato que reuniu deputados, vereadores, entidades sindicais, movimentos sociais e artistas comprometidos com a democracia.
Além dos dois principais temas, a mobilização também ecoou outras pautas urgentes: o fim da escala 6×1, que precariza o trabalho; a taxação dos super-ricos; a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil; e a defesa da Palestina Livre. Cartazes e palavras de ordem se espalharam pelo ato: “Trump, tire suas garras do Brasil”, “Reforma Política Já”, “Não à PEC da Bandidagem”. Nem mesmo a chuva que caiu no fim do dia foi capaz de desanimar quem estava ali para lutar.
Crianças nos ombros dos pais exibiam cartazes, enquanto idosos dançavam e jovens gritavam palavras de ordem. Bandeiras diversas se misturavam em cores e sons, compondo a imagem viva da democracia brasileira. “O lugar do povo é na rua”, dizia um dos cartazes. E o povo estava lá — foi bonito de ver e, sobretudo, de participar.
Essas manifestações mostram que, diante de um Congresso que insiste em legislar em causa própria, a resposta popular é o que sustenta a democracia. Não há blindagem possível contra a força de um povo organizado. O Brasil não pode permitir que a impunidade seja regra, nem que retrocessos sejam empurrados de cima para baixo contra a vontade da maioria. A história recente nos ensina que a ausência de resposta popular abre espaço para ataques ainda maiores aos direitos e à soberania nacional.
Por isso, é inspirador ver tantos setores unidos: juventude, trabalhadores, artistas, movimentos sociais e parlamentares que entendem que não existe democracia sem o povo na rua. Essa unidade é o que garante a resistência contra os ataques que vêm do Congresso e, ao mesmo tempo, abre caminho para construirmos um futuro com mais participação popular e justiça social.
Aqui, na cidade de São Paulo, esse compromisso se traduz no trabalho cotidiano do nosso mandato. Defendemos a educação pública, lutamos contra a privatização da saúde, fiscalizamos obras, denunciamos abusos e estamos sempre em diálogo com os movimentos sociais e os trabalhadores. A democracia só tem valor se for sentida no dia a dia da população — e é isso que buscamos construir.
Assim como o presidente Lula, acreditamos que governar é cuidar das pessoas, enfrentar desigualdades históricas e ampliar direitos. Essa é a orientação que seguimos: fazer com que a democracia, conquistada nas ruas, também se realize em cada bairro, em cada escola e em cada serviço público da nossa cidade.
Confira os textos de opinião de outros parlamentares na página de Artigos de Vereadores