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Rodoviária de Volta Redonda deve ser a pior do país

Rodoviária nem lanchonete tem mais; banca de jornal também não

 

Por Mateus Gusmão

Porta de entrada de Volta Redonda, a Rodoviária Municipal Prefeito Francisco Torres – não de hoje – é alvo de muitas críticas. Motivos não faltam. Não oferece segurança, não tem nem uma lanchonete. Banca de jornais, nem pensar. Para piorar, os banheiros vivem sujos e há dificuldades de acessibilidade, entre outros. Parodiando o bordão do prefeito Neto (de que tudo é melhor por aqui), pode-se dizer que a rodoviária de Volta Redonda é a pior do país. E, vejam só, vai ganhar um ponto de apoio e descanso para motoqueiros, motoboys, mototaxistas e entregadores bem em frente ao ponto de táxi que atende os passageiros que chegam à cidade do aço. O investimento será da ordem de R$ 200 mil, dinheiro que poderia ser utilizado de uma maneira melhor, como na pintura da própria rodoviária ou na reforma dos banheiros. O espaço começou a ser erguido no início de novembro e deve ficar pronto em janeiro de 2025. O ponto de apoio contará com banheiros, área de descanso e copa equipada com geladeira e microondas. Coisas que os taxistas nunca tiveram.
O projeto não nasceu no Palácio 17 de Julho, é bom que se diga. A iniciativa, que gerou um PL (projeto de lei), é do vereador Renan Cury, foi aprovada pelos parlamentares da Câmara de Volta Redonda e acabou sancionada pelo prefeito Neto. “Com essa iniciativa, vamos garantir melhores condições para que esses trabalhadores possam ter um local digno enquanto prestam seus serviços. Os entregadores e motoboys fazem parte da economia local e precisam ser vistos e valorizados por todos”, justificou Neto. “Estamos construindo esse espaço anexo à rodoviária. Vai atender as necessidades dos motoboys e entregadores que trabalham em Volta Redonda”, completa o secretário de Obras, Jerônimo Telles. Há quem discorde. Os taxistas, por exemplo, que ficam a poucos metros do ponto onde ficarão os mototaxistas, seus futuros concorrentes, reclamam da falta de apoio do Poder Público. E dos políticos. “Só eu estou trabalhando aqui há 25 anos pois é um local que não precisa ter ‘ponto’, todo taxista pode vir e pegar passageiro. A prefeitura, há muitos anos, fez esse espaço aqui onde estamos, com cobertura para a gente, e é a única coisa que temos”, disse um taxista, pedindo para não ser identificado, com receio de represálias. “Aqui tem apenas tomadas e bancos. Até a televisão que temos aqui para passar o tempo foi uma doação do nosso sindicato”, completou.
Segundo esse taxista, eles há alguns anos tinham acesso a um banheiro exclusivo e local para, entre outros, poder fazer café e esquentar uma marmita. “Isso não temos mais. Nosso banheiro é o mesmo dos passageiros e ele fecha por volta das 22 horas. Não temos local para esquentar comida, fazer café, nada”, completou, ressaltando que a ideia dele e de outros taxistas será utilizar o espaço para os motoboys. “Vamos usar, é claro, nós que estamos aqui há anos”, afirmou.

Abandonado
O aQui esteve na noite de quarta, 4, na Rodoviária de Volta Redonda após a sugestão enviada por um leitor. A área onde ficam os guichês das viações que operam no local estava praticamente vazia. Muitos, inclusive, fechados definitivamente. Todos os guichês cerram as portas após a meia-noite. Não há televisão – como já teve há anos – para que os passageiros que estão esperando seus ônibus possam se distrair. A banca de jornal – que existe em qualquer rodoviária do mundo – foi retirada por ordem da Secretaria de Ordem Pública. A lanchonete, a única que atendia os passageiros e os funcionários que trabalham no local, está fechada há mais de um ano, e o espaço passa por uma reforma.
Detalhe: sem qualquer pista do que será no futuro. Não dá nem para saber quem está fazendo e o valor que será investido no espaço. Durante a visita da reportagem ao local, dois policiais do projeto ‘Segurança Presente’ faziam a ronda na rodoviária. Eles atuam no local até às 21 horas. O banheiro tinha sido limpo há pouco tempo, mas não havia papel higiênico e dois mictórios apresentavam defeitos. Outra reclamação constante é a falta de internet gratuita no local, conforme prevê uma lei municipal de 2018. A boa notícia é que ao menos os banheiros da Rodoviária Municipal passarão por reforma geral e obras de acessibilidade. A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana marcou para o dia 19 de dezembro, às 9 horas, a licitação para contratar a empresa que irá realizar o serviço – que está previsto para durar 12 meses. Detalhe: a reforma deve custar R$ 375 mil. Quase o dobro do que será gasto no ponto de apoio dos motoboys. Pena que não será feita a toque de caixa. Precisava!

Terceirização

Tudo poderia ser diferente se a prefeitura de Volta Redonda cumprisse a Lei 5.882, que dispõe sobre o regime de prestação de serviço público de administração de terminais rodoviários municipais de passageiros em Volta Redonda. A lei, apresentada em 2021 pelo próprio prefeito Neto, foi aprovada por unanimidade pela Câmara e, por ela, a prefeitura teria 30 dias para regulamentar a lei, o que não foi feito. Previa até que o município poderia conceder a administração do espaço para a iniciativa privada após licitação. O que não ocorreu até hoje.

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