A insatisfação de políticos, membros e apoiadores do Partido Liberal (PL) tem se intensificado em relação às recentes decisões da alta cúpula da legenda. O principal motivo vem lá de cima, do Senado, cujo presidente Rodrigo Pacheco (PSD), insiste em bloquear os pedidos de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, além dos demais Senadores do PSD que já se manifestaram contrários ao pedido.
Um outro problema que ocorre na aliança PL e PSD, é o cargo do secretário de governo Gilberto Kassab, dentro do governo do estado de São Paulo, liderado pelo Republicano Tarcísio de Freitas.
A crítica se acentua ao lembrar que o PSD, em momentos chaves, trouxe derrotas para o ex-presidente Jair Bolsonaro, o principal nome do PL. Entre outras ações que o PSD se aproveita dentro do governo do estado, trazendo diversos prefeitos para a sua legenda.
Diante desse cenário, cresce o clima de tensão dentro do PL. Muitos consideram que o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, o Boy, precisa reavaliar sua postura de aliança, pois foi Bolsonaro quem impulsionou o PL ao posto de maior partido do Brasil. Se o ex-presidente decidir sair da legenda, grande parte dos deputados podem seguir o mesmo caminho, deixando a sigla liberal em uma posição de fragilidade no cenário político nacional.