Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

Gigante dos Videogames Electronic Arts É Adquirida por US$ 55 Bilhões e Deve Deixar a Bolsa

Getty Images

Essa pode ser a maior compra “alavancada” da história

Acessibilidade








A Electronic Arts (EA) terá o seu capital fechado em uma aquisição total em dinheiro de US$ 55 bilhões (R$ 291,5 bilhões), liderada pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), pela Silver Lake e pela Affinity Partners, de Jared Kushner — genro de Donald Trump. Trata-se da maior aquisição alavancada já registrada e de uma aposta de alto risco de que uma das editoras mais icônicas do setor de games pode crescer ainda mais fora de Wall Street.

Os acionistas receberão US$ 210 (R$ 1.113) por ação em dinheiro. O consórcio formado pelas três empresas adquirirá 100% da EA, com o PIF mantendo sua participação de quase 10% ao transferir essas ações para a nova empresa privada em vez de vendê-las.

A Electronic Arts é uma das empresas de games mais antigas do Vale do Silício, fundada em 1982 pelo ex-diretor de marketing da Apple, Trip Hawkins, e apoiada desde cedo por Kleiner Perkins e Sequoia. Seu catálogo inclui franquias esportivas como Madden e FIFA (atualmente FC), simuladores como The Sims e jogos de tiro como Battlefield. No início deste ano, a empresa sofreu a maior queda em ações em 17 anos, após alertar para uma redução nas reservas líquidas anuais, em grande parte devido a problemas em sua divisão de futebol global, segundo o Wall Street Journal. Para os compradores, a EA representa uma rara combinação de relevância cultural de longo prazo e receita recorrente, o que a torna um dos ativos mais cobiçados do setor.

“Estamos honrados em investir e fazer parceria com Andrew – um CEO extraordinário que dobrou a receita, quase triplicou o EBITDA e impulsionou um aumento de cinco vezes no valor de mercado durante sua gestão”, disse Egon Durban, co-CEO da Silver Lake. Jared Kushner, da Affinity Partners, acrescentou que a capacidade da EA de “criar experiências icônicas e duradouras” o tornou um fã de longa data, que “agora as compartilha com seus filhos”.

O financiamento inclui cerca de US$ 36 bilhões (R$ 190,8 bilhões) em capital próprio e US$ 20 bilhões (R$ 106 bilhões) em dívida garantida pelo JP Morgan, sendo que US$ 18 bilhões (R$ 95,4 bilhões) devem ser liberados no fechamento do negócio. O conselho aprovou o acordo, com conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2027. A operação ainda está sujeita à aprovação dos acionistas e dos órgãos reguladores.

Após a conclusão, a EA deixará de ser listada em bolsa, mas continuará com sede em Redwood City, nos EUA, com Andrew Wilson permanecendo como CEO. Se finalizada, a transação ultrapassará a aquisição da TXU em 2007 para se tornar a maior compra alavancada (leverage buyout) da história, segundo a Dealogic.

A última onda de megafusões fracassou após a crise de 2008, quando aquisições feitas com base em um alto endividamento, como a compra da TXU por US$ 45 bilhões (R$ 238,5 bilhões), acabaram em falência. As grandes transações atuais dependem menos de alavancagem e mais de fundos soberanos e investidores com alto volume de capital próprio — como a compra da Scopely por US$ 4,9 bilhões (R$ 26 bilhões) pelo PIF ou o negócio de US$ 25 bilhões (R$ 132,5 bilhões) da Silver Lake com a Endeavor. Bolsos fundos e cheios de capital, e não apenas dinheiro emprestado, estão financiando as apostas mais ousadas da indústria.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Lamborghini e BMW estão entre bens apreendidos em operação do GAECO em Bauru

Uma operação conjunta realizada pelo GAECO, Polícia Federal e Baep em Bauru resultou na apreensão…

texto aprovado na Câmara acata demandas do agro – Canal Rural

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) a reforma do Imposto de Renda com…

Padilha confirma suspeitas de intoxicação por metanol em Brasília e Pernambuco

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto), afirmou nesta quinta-feira, 12, que foram registrados 48…