As eleições deste ano prometem trazer muitas novidades, não somente no contexto jurídico com várias obrigações que a cada ano só aumentam, mas também nas atitudes de políticos que exercem cargos para o mandato.
Uma das regras que é dita em todas as eleições, é que a compra de votos caracteriza crime, bem como a boca de urna, panfletar nas redondezas dos colégios eleitorais também são conhecidas como crime eleitoral, no entanto, em quase todos os municípios da federação, este ato é praticamente inevitável. Muitos que são pegos ou denunciados respondem pelo crime e logo estão novamente praticando o ato.
Dos 15 vereadores em Arujá na 15ª Legislatura, a grande maioria se elegeu ou se reelegeu com votos da legenda, resultado da falta de esforços. Os atuais parlamentares tiveram e ainda têm a chance de se consagrar para mais um mandato sem depender de voto de legenda. Alguns já estão no segundo, terceiro e quarto mandatos, outros são marinheiros de primeira viagem.
Atualmente, os vereadores estão de recesso parlamentar, ou seja, sem a participação das sessões ordinárias, só volta no dia 5 de agosto, às 18 horas. “Muitas pessoas quando vão à Câmara Municipal, os assessores hipócritas e preguiçosos costumam dizer que o vereador (seu chefe) está em recesso, uma espécie de férias do parlamento, e por isso, determinados assuntos não podem ser analisados ou às vezes até ignoram o eleitor dizendo a ele para que volte assim que retornar do recesso, um verdadeiro absurdo”, destacou o especialista político Cesar Augusto de Castro, de 58 anos.
Para ele, este tipo de atitude afunda o mandato do vereador. “Tem muita gente que ainda acha que o povo é bobo. Ledo engano. Hoje, as redes sociais mostram tudo, basta manusear um celular e você acaba tendo acesso ao que faz e não faz um político eleito”.
Quase quatro anos de mandato, no mês de outubro será o momento de saber quem realmente merece voltar ou se será penalizado através do voto. “O papel do assessor é muito importante, se é bom, certamente vai alavancar o mandato do seu chefe, mas se é ruim, vai afundar, por isso, cabe também ao vereador fiscalizar quem são seus assessores: amigos ou inimigos?”.
Lembrando que este ano tem muitos nomes fortes que vão brigar pela cadeira de vereador. Essa legislatura, na opinião de alguns munícipes entrevistados pela reportagem deixou a desejar com relação a alguns nomes que ocupam a vaga de vereador, isso poderá causar reestruturação na próxima legislatura de pelo menos 50%.
Hoje o quadro do legislativo possui sete vereadores no PSD, dois no PL, dois no Podemos, dois no União Brasil, um no PT e outro no Republicanos.
“Dos sete que fazem parte do PSD, certamente haverá mais dificuldades, não que isso impeça do partido fazer o mesmo número ou até aumentar mais uma cadeira, vai depender do coeficiente eleitoral. Não será surpresa se um dos vereadores do PSD entrar com baixa votação, infelizmente, as regras proporcionam isso”, comentou o especialista político. Já nos demais partidos, devem continuar parecidos na quantidade de cadeiras, podendo mudar apenas os nomes.