Santa Catarina celebra um marco significativo na luta contra doenças evitáveis. A cobertura vacinal da tríplice viral — que protege contra sarampo, caxumba e rubéola — superou as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde nos últimos dois anos, atingindo 96,52% em 2023 e um índice parcial de 98,07% em 2024.
Esses resultados não apenas destacam a eficácia das estratégias estaduais de imunização, mas também evidenciam o papel crucial da vacinação como pilar da saúde pública.
O sarampo, uma doença altamente contagiosa e com potencial de causar complicações graves, esteve sob controle no Brasil até 2018, quando a queda nas taxas de vacinação e o fluxo migratório contribuíram para a perda do certificado de eliminação.
A retomada desse reconhecimento em 2024 demonstra que esforços articulados, como campanhas de conscientização, ampliação de horários e mutirões, têm efeito transformador. Santa Catarina, com índices consistentes acima da média nacional nos últimos anos, é exemplo de como mobilização social e gestão eficiente podem salvar vidas.
Os dados históricos reforçam a importância de ações continuadas. Após quedas preocupantes em 2020 (87,63%) e 2021 (87,56%), a recuperação foi notável, com o índice de 94,96% em 2022, consolidando um caminho crescente que culmina nos quase 100% de cobertura vacinal em 2024.
Esse progresso é fruto de uma conscientização ampla, que envolve desde os profissionais de saúde até a sensibilização das famílias, garantindo que a tríplice viral alcance os braços das crianças mais vulneráveis.
Além do impacto direto na saúde da população, a vacinação em massa fortalece a imunidade coletiva, protegendo até mesmo aqueles que, por razões médicas, não podem ser imunizados.
Este conceito, essencial para evitar surtos, deve ser amplamente defendido, especialmente em tempos de desinformação. É preciso lembrar que o avanço científico das vacinas não apenas erradicou doenças no passado, como continua sendo o principal aliado contra ameaças emergentes.
No entanto, o sucesso observado em Santa Catarina não pode ser motivo para relaxamento. A história recente mostra como as taxas de vacinação podem sofrer flutuações diante de contextos socioeconômicos adversos ou da disseminação de fake news.
Assim, garantir políticas públicas permanentes de incentivo à imunização, alinhadas ao fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), é essencial para que o cenário atual seja mantido. Vacinar é proteger vidas, evitar dores desnecessárias e preservar a dignidade humana.