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Editorial: O país precisa seguir referência em imunização

Na passagem do Dia da Imunização, comemorado ontem, é imperioso lembrar que há décadas o Brasil é referência mundial em vacinação em massa da população.

Ficaram famosas, por exemplo, nos anos 1980, as campanhas nacionais para que pais e responsáveis levassem as crianças para receber a vacina Sabin, contra a poliomielite. Na mesma época, alguns imunizantes eram aplicados em alunos nas próprias escolas.

A expertise brasileira no assunto e a adesão maciça da população às campanhas levaram a uma queda vertiginosa no número de casos de enfermidades que por muitos anos assolaram o Brasil, notadamente as camadas mais vulneráveis.

Um dos exemplos mais emblemáticos do sucesso deste trabalho foi o certificado de erradicação da pólio no país, concedido em 1994 pela Organização Pan-Americana de Saúde, com base na informação de que o último caso da doença fora registrado em 1989.

Ao longo dos últimos anos, no entanto, o que se viu foi um recuo severo nas taxas de aplicação de imunizantes de toda sorte. Ainda que tenham se mantido muitos dos reflexos positivos do período em que vacinar era um hábito totalmente enraizado na sociedade brasileira, os índices de alcance das campanhas ganharam contornos preocupantes, causando apreensão e um temor, plenamente justificável, de que doenças erradicadas voltassem a acometer a população.

Neste cenário – em que o retorno de certas enfermidades ameaça, principalmente, os mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com alguma comorbidade –, reveste-se de grande importância o serviço disponibilizado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) de aplicar nesta parcela da população outras vacinas ou versões diferenciadas, encontradas em postos do Crie (Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais).

Um exemplo é a vacina pneumocóccica 23, que oferece proteção contra 23 tipos de bactérias pneumococo, que causam infecções nos pulmões e ouvidos e também sepse e meningite.

Esse imunizante – disponível apenas nos Cries – é oferecido às pessoas com diabetes e também recomendado a quem sofre de asma grave, cardiopatias crônicas, doença neurológica crônica incapacitante ou fibrose cística, que vive com HIV ou em tratamento de câncer, entre outras situações.

Do mesmo modo, bebês prematuros precisam receber uma dose especial das vacinas que protegem contra difteria, tétano, coqueluche, meningite por haemophilus, hepatite e poliomielite, com um componente acelular, o que não é necessário para as crianças nascidas no tempo normal e que não têm outros riscos.

Um serviço importante que honra o papel de destaque ocupado pelo Brasil no cenário mundial de combate a doenças via imunização e que deve ser respeitado e utilizado.

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