11 de outubro de 2024 03:36

Desolada, mãe de especial disse que vai processar UPA do Jd. Revista de Suzano

Maria Barbosa exibe o Boletim de Ocorrência registrado em janeiro deste ano em Suzano Foto: Divulgação

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Mesmo em meio à dor da perda, a dona de casa Maria Barbosa Santos, de 67 anos, vive angustiada pela morte de seu filho, Willians Barbosa Gomes, de 42, que era especial, portador da Classificação Internacional de Doenças (CID) Q 99-2 da Síndrome do Cromossomo X Frágil. Ela transtornada com o que aconteceu, disse à reportagem do Jornal Impresso Brasil (JIB) que irá processar a Prefeitura Municipal de Suzano, o secretário de Saúde na época, Pedro Ishi, por suposta negligência médica.

Entenda o caso:
Seu filho foi internado no dia 29 de dezembro do ano passado no Pronto Atendimento (UPA) 24 horas André de Abreu, localizado no Jardim Revista, com crise convulsiva. Segundo relatou a mãe, os médicos o medicaram com o remédio Hidantal, que ele era alérgico, mesmo com o alerta da mãe. Assim que a medicação foi ministrada, houve efeito colateral e para reverter a situação outra medicação foi indicada, mas o quadro se agravou e ele acabou sendo transferido para o Hospital Regional do Alto Tietê (HRAT), no dia 30 de dezembro. Durante este período, o paciente ficou entubado e no dia 28 de abril deste ano acabou falecendo. “Ele ficou todo perfurado e sofreu muito em estado de coma”, lamentou a mãe.
Foi lavrado Boletim de Ocorrência (B.O) no 2º DP de Suzano, sob o número AV 7759-1/2024, no dia 18 de janeiro de 2024, às 13h37.

O outro lado:
Já a administração pública informa que o paciente em questão foi, sim, admitido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Revista, em 29 de dezembro de 2023, mas logo foi atendido e estabilizado. “Após a constatação da necessidade de tratamento em uma unidade de referência, ele foi transferido no dia seguinte para o Hospital Regional do Alto Tietê (HRAT), do governo estadual, em conformidade com todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, disse a nota encaminhada à Redação.

A municipalidade ainda destacou que o prontuário do paciente indica que ele recebeu tratamento semelhante em setembro de 2023, com melhora significativa do quadro e alta médica sem outras intercorrências.

Desde a implantação da referida UPA, que já completou um ano e seis meses, o JIB teve informações de bastidores (pacientes) que outras ocorrências com óbitos “teriam” ocorrido. A Secretaria Municipal de Saúde, no entanto, não confirmou esses dados. “Para todo óbito ocorrido é preenchido um atestado que vai para a Vigilância Epidemiológica, unidade municipal responsável por realizar os estudos necessários para entender as causas e diferenciar se foi uma morte evitável ou não (caso de paciente que já entra no serviço em óbito efetivo)”.

A pasta ainda frisa que em toda unidade de urgência e emergência existe a possibilidade de óbito. “Isso porque é o primeiro lugar para onde familiares e ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros levam os pacientes para primeiro acolhimento. No entanto, vale ressaltar que há um parâmetro que os serviços precisam seguir e atender as normativas. Existem até indicadores para que tal feito seja medido”.

Quando o veículo de comunicação questiona no tocante ao levantamento sobre mau atendimento, negligência médica ou de profissionais da saúde, a municipalidade expõe outro ponto de vista. “Todos os óbitos, conforme citados, são encaminhados à Vigilância Epidemiológica e analisados por uma comissão específica. A UPA também conta com uma comissão de avaliação de óbitos, que realiza as avaliações dos casos mensalmente, conforme protocolo do Ministério da Saúde. E o cenário atual verificado na unidade está dentro do padrão normal preconizado”, se defendeu.

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