Na noite de quarta-feira (29) foi divulgada a formação da associação ‘Amigos da Inclusão’, que reúne famílias atípicas em Paranaguá. O grupo, agora oficializado, busca reconhecimento e mais acessibilidade para crianças com transtornos e deficiências na cidade.
Na sua fundação, o projeto era voltado para rodas de conversa que ofereciam suporte a famílias de pessoas autistas e buscava dar visibilidade à rotina e aos desafios enfrentados. A iniciativa ‘Autismo na Prática’ surgiu a partir da experiência pessoal da presidente da associação, Tássia Martins Stieglitz, que, em 2020, recebeu o diagnóstico de autismo de seu filho, então com dois anos.

‘’Tudo começou com o diagnóstico do Bernardo e, com isso, nós éramos apenas uma página do Instagram, mas com o passar do tempo fomos conhecendo outras pessoas e o projeto foi crescendo. Agora nós tivemos a ideia de não só incluir os autistas, mas também todas as pessoas com deficiência e formalizar como associação’’, comentou.
O projeto, que começou com rodas de conversas, hoje ganha força e busca desenvolver projetos gratuitos com profissionais para dar suporte as famílias, desde terapias em grupo até terapias individuais, que poderão ser disponibilizadas em breve. Para o fundador do projeto e vereador, Halleson Stieglitz, a oficialização da associação representa um avanço e reforça a mobilização por uma cidade mais inclusiva.
‘’É um momento de muita felicidade, nós viemos de uma construção e caminhada que iniciou com o ‘Autismo na Prática’ e, com o passar do tempo, fomos conhecendo mais famílias e outras áreas PCD’s e hoje estamos transformando o projeto em associação, onde abraça a todas as pessoas com deficiências e transtornos’’.
No projeto, várias famílias foram beneficiadas com as rodas de conversas e agora vão poder se beneficiar com a formação da associação. ‘’Quando eu descobri que a minha filha era autista, nós fizemos o caminho inverso, pois nós tínhamos a ideia do autismo de uma forma, mas ele se apresenta de outra. Eu não tinha um norte, você como mãe não sabe por onde começar e o grupo é formado para que nós consigamos nos ajudar, quais os passos nós devemos seguir, por onde começar e quais são os nossos direitos’’, comentou Suellen Ferreira, mãe atípica que participa das reuniões.
O projeto já atendeu mais de 300 pessoas entre crianças, pais, mães e adultos e agora busca ofertar terapias e projetos gratuitos.
Projetos desenvolvidos
Um dos primeiros projetos divulgados pela associação é o de terapias em grupo, que serão ofertadas gratuitamente para pais e mães que precisam de acompanhamento psicológico. Ao todo, serão ofertadas 14 vagas para famílias que já fazem parte do projeto e ao longo do ano serão abertos mais turmas e outras terapias gratuitas.
As rodas de conversas continuam e os encontros são uma vez por mês em locais informados pelo Instagram da associação.
Como ajudar
As doações podem ser feitas por pessoas físicas e associados com contribuição mensal de qualquer valor. Para as empresas que queiram optar pela ajuda, poderão realizar as doações e abater o valor no imposto de renda. As doações podem ser feitas por quem optar pela declaração completa, além disso, o valor destinado às organizações sociais podem ser retirados da quantia a ser restituída ou devida.
Para ajudar, você pode entrar em contato pelo telefone: 41 8502-9121 ou pelas redes sociais do autismo_napratica