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a Ciência por trás dos Alimentos da NotCo


André Weinmann, CEO da NotCo no Brasil

Não É Mágica, É IA: a Ciência por trás dos Alimentos da NotCo

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A NotCo, foodtech chilena conhecida por usar inteligência artificial para criar alimentos à base de plantas, vive um momento de forte expansão no Brasil. Depois de se consolidar em São Paulo, responsável por 79% das vendas em 2024, a marca amplia sua presença para novas regiões do país, com o objetivo de crescer 45% em volume de vendas até o fim de 2025.

Com parcerias comerciais no Sudeste e no Sul, a empresa já adicionou 1.300 novos pontos de venda neste ano e espera alcançar 2 mil até dezembro. A estratégia inclui acordos com cinco novos distribuidores regionais, número que deve chegar a oito até 2026, e negociações em andamento para entrada no Norte e Nordeste.

Segundo André Weinmann, CEO da NotCo no Brasil, o avanço está diretamente ligado à demanda crescente dos consumidores, que buscam produtos mais saudáveis e sustentáveis. “Nosso desafio agora é ampliar o acesso, garantir escala e permitir que mais pessoas experimentem a NotCo”, afirma o executivo.

Forbes Brasil – A meta de 45% de crescimento é ambiciosa, o que mais impulsiona esse resultado: o avanço em São Paulo ou a expansão para novas regiões?
André Weinmann – O crescimento vem dos dois lados — do fortalecimento em São Paulo e da expansão para novas praças. Mesmo em São Paulo, há espaço para ampliar a presença em lojas menores, no canal verde e até em farmácias. Estamos aprimorando a execução comercial, reduzindo rupturas e garantindo que o consumidor encontre o produto que procura, como os sabores exclusivos do NotShake Protein, por exemplo.
Fora da capital, o foco está em chegar a novos consumidores. Muitos conheciam a NotCo online, mas não encontravam nossos produtos em lojas físicas. As parcerias com distribuidores locais permitem crescer com escala e rentabilidade. Além disso, o e-commerce segue estratégico — temos lojas oficiais na Amazon, Mercado Livre e Shopee, o que nos ajuda a lançar produtos rapidamente e a testar formatos.

FB – Expandir além de São Paulo exige ajustes logísticos e de marketing. Quais foram os principais desafios dessa transição?
Weinmann – O Brasil é um país de dimensões continentais, com cadeias de suprimentos complexas. Por isso, optamos por trabalhar com distribuidores experientes nas regiões onde entramos. Isso garante eficiência logística e execução no ponto de venda, sem perder o tom da marca. Em marketing, adaptamos a comunicação a cada praça, mantendo uma base comum. Buscamos nutricionistas, influenciadores e cafeterias locais para criar conexões autênticas. Também há particularidades de consumo: o NotCreme, por exemplo, tem performance muito forte no Rio de Janeiro.

FB – A expansão física foi motivada pela alta demanda online. Como a NotCo está integrando essa jornada omnichannel?
Weinmann – Mais do que uma migração, vemos a omnicanalidade como uma construção. A NotCo é conhecida digitalmente, mas ainda há públicos — especialmente fora de São Paulo e acima de 40 anos — que nunca experimentaram nossos produtos. As lojas físicas são uma extensão do digital: locais de experimentação e engajamento. Quando físico e online trabalham juntos, aumentamos a conversão e fortalecemos a marca.

FB – O Giuseppe, sistema de IA da NotCo, é citado como diferencial da empresa. Como ele contribuiu para o sucesso do NotShake Protein e quais são os próximos desafios?
Weinmann – O Giuseppe foi essencial. Identificamos que muitos shakes proteicos tinham mais carboidrato do que proteína. Usamos o Giuseppe para resolver essa dor e criamos um produto com 16g de proteína e apenas 3,5g de carboidratos, mantendo sabor e textura. A IA nos permite testar rapidamente milhares de combinações de ingredientes — temos mais de 8 mil catalogados — e identificar as mais promissoras. Hoje, o Giuseppe evoluiu: já sugere formulações com maior chance de sucesso antes mesmo da fase de testes. Nosso próximo passo é explorar o momento do lanche, com produtos mais naturais, saborosos e convenientes. Um exemplo é o NotHotDog, lançado no Chile, que redefine um segmento tradicionalmente cheio de aditivos.

FB – Gigantes da alimentação também estão investindo em alternativas vegetais. Como o Giuseppe garante uma vantagem competitiva sustentável para a NotCo?
Weinmann – A vantagem está no modelo de inovação contínua. Enquanto outras empresas desenvolvem produtos isolados, o Giuseppe atua como um sistema vivo, aprendendo e aplicando conhecimento em várias categorias. Ele vai muito além das proteínas vegetais — ajuda a reduzir açúcar, sal e aditivos, mantendo sabor e qualidade. Esse poder de adaptação torna difícil replicar nossa tecnologia. A inteligência artificial é o coração da NotCo: usamos dados para resolver problemas reais e transformar o futuro da alimentação de forma mais rápida e inteligente.

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