Kristalina Georgieva, Diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou para um momento posterior ao atual, de valorização global das empresas de tecnologia
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O crescimento acelerado das ações de tecnologia alimentadas pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial (IA) começa a gerar preocupações entre instituições financeiras. Autoridades do Banco da Inglaterra alertaram nesta semana sobre o risco de uma correção brusca nos mercados, caso os preços, inflados pelo boom da IA, se descolem da realidade.
“O risco de uma queda súbita do mercado aumentou significativamente”, afirmou o banco central britânico. Poucas horas depois, Kristalina Georgieva, Diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), fez declarações semelhantes, destacando que a valorização global das ações tem sido impulsionada pelo “otimismo em relação ao potencial da IA de aumentar a produtividade”. Ela acrescentou, porém, que as condições financeiras podem sofrer mudanças repentinas, em discurso preparatório para a reunião anual da instituição em Washington.
Segundo Adam Slater, Economista-Chefe da Oxford Economics, em entrevista para a agencia Associated Press, , existem sinais que podem indicar a formação de uma bolha, entre eles estão: valorização acelerada das ações de tecnologia, participação significativa dessas ações no S&P 500, atualmente em cerca de 40%; avaliações de mercado que parecem exageradas em relação ao valor real das empresas e um otimismo extremo sobre o impacto da tecnologia, mesmo diante das incertezas sobre os resultados que ela poderá gerar.