A limpeza das ruas santistas conta com o importante auxílio dos contentores, que facilitam a coleta e inibem o descarte nas vias. Atualmente, são 3.500 equipamentos na Cidade, sendo 3.123 distribuídos em 590 ruas de todas as regiões e o restante destinado a eventos públicos e à reserva técnica, para suprir atos de vandalismo, quebra ou substituição definitiva. Eles também são responsáveis por reduzir em 70% o número de acidentes de funcionários de limpeza com materiais perfurocortantes.
Exemplos desses materiais são lâminas de barbear, agulhas, brocas, pregos, pedaços de madeira, tampas serrilhadas de latas de conserva e vidro quebrado, que, como todos os outros resíduos domiciliares, precisam ser devidamente embalados e devem ser colocados de segunda a sábado, próximo dos horários previstos para cada bairro, que se mantêm inalterados há mais de 15 anos.
NÃO É TUDO QUE PODE IR PRO CONTENTOR
Mas não é tudo que deve ser colocado nos contentores. Exclui-se o material reciclável seco, a exemplo de garrafas, papéis e papelões, que já contam com programa próprio de recolhimento semanal. Também é proibido colocar entulho e pedaços de madeira. “Caracteriza seu uso indevido, passível de remoção do equipamento para outra localidade”, explica o engenheiro agrônomo Marco Aurélio Neves Silva, que desde 2015 é o gestor da limpeza pública de Santos.
Os chamados “grandes geradores de lixo”, ou seja, comércios que produzem, por dia, mais de 120kg ou 200 litros de resíduos, também não podem utilizar os contentores, devendo contratar uma empresa devidamente habilitada, de acordo com a lei complementar 952 de 2016.
Os contentores são limpos rotineiramente, no sistema bairro a bairro, seguindo cronograma determinado por técnicos da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos).
CADÊ O CONTENTOR DA MINHA RUA?
E quando você vai deixar o lixo no contentor da sua rua e ele simplesmente “sumiu”? São várias possibilidades. Para se ter uma ideia, 611 equipamentos já passaram por manutenção de janeiro a maio deste ano, em Santos. Os serviços envolvem substituição de rodinhas, recolocação de tampas e até a troca do munhão (também conhecido por dim), peça lateral que permite sua movimentação pelos caminhões de coleta urbana.
No ano passado, 972 unidades precisaram ir para manutenção e, em 2022, 3.003 tiveram que passar pelos serviços que a empresa, por obrigação contratual, tem 72h para executar.
Além disso, nos últimos cinco meses, 59 contentores foram realocados por uso ou movimentação indevidos. “Muitas vezes, o contentor que atende a uma área é arrastado para outro local”, afirmou, comentando que um equipamento chegou a ser localizado em Bertioga. Em 2023, foram realocados 20 e, no ano anterior, 26.
LOCALIZAÇÃO POR QR CODE
A localização é facilitada uma vez que cada contentor dispõe de um QR Code, identificando o endereço para o qual ele foi originalmente destinado. Então, até as pequenas movimentações são devidamente avaliadas.
“Se o contentor foi deslocado um pouco para frente ou para trás, ou mesmo mudou de lado na via, consideramos como simples adequação ao espaço por parte dos moradores”, disse o engenheiro.
VANDALISMO
Já em caso de mudança para outro local ou vandalismo, as unidades voltam ao ponto anterior ou são repostas. Entretanto, se os problemas persistirem, elas são transferidas para outra localidade. Este ano, 65 contentores sofreram atos de vandalismo, 83 foram repostos e 26 retirados por mau uso. No ano passado, foram 45, 133 e 133, respectivamente, e em 2022, 38, 299 e 193.
MUNÍCIPE PODE AJUDAR
Marco Aurélio ressalta que, ao perceber a movimentação ou ausência do contentor, o munícipe deve registrar a ocorrência na Ouvidoria nos telefone 162 ou 3213-7348 (segunda a sexta, das 7h às 18h30), pessoalmente no Paço Municipal (Praça Visconde de Mauá s/nº, térreo, das 10h às 16h), ou pela internet (www.santos.sp.gov.br/ouvidoria).