26 de dezembro de 2024 15:35

Presidente nacional do PL põe em risco quase R$ 1 bilhão sempre quando abre a boca em entrevistas

Bolsonaro poderá ir ao enterro da mãe de Valdemar. (Foto: arquivo JIB)

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O Partido Liberal (PL), aos poucos vai se definhando com as entrevistas do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, conhecido no Alto Tietê, região da Grande São Paulo, como “Boy”. Suas falas polêmicas poderão, em breve, derrubar algo muito difícil de se conquistar e fácil de evacuar: o dinheiro do fundo eleitoral que este ano, poderá chegar a quase R$ 1 bilhão nas contas da agremiação.

As entrevistas que o chefe dos liberais vem concedendo viraram pérolas (furos de reportagens) para qualquer jornalista que consegue entrevistá-lo. Por onde Valdemar passa para dar entrevista, vira um arsenal para a oposição que utiliza de suas falas para atacar os principais líderes da legenda, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, além de ex-ministros, governadores e deputados direitistas.

Lula:
Que Valdemar tem carinho especial pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), isso ninguém duvida.

O passado dos dois foi marcado por escândalos e vitórias, mas nem tudo foi festa. Içar mensalão, por exemplo, que repercutiu de forma grandiosa nos principais canais de comunicação do país, foi uma delas. Os dois tiveram elo importante também quando o vice de Lula foi José de Alencar, na época do mesmo partido político.

No caso de Valdemar admitir Lula como figura importante no mundo político é de fato reconhecer o presidente, dentro de um passado de amizade e de bons resultados em seus respectivos partidos. No entanto, exagera quando faz algumas declarações suspeitas, quando diz que Lula é um camarada do povo, e completamente diferente do Bolsonaro.

O Lula tem muito prestígio, ele não tem o carisma do Bolsonaro, mas tem popularidade. É reconhecido por todos os brasileiros, já o Bolsonaro, não, porque teve um mandato”, disse Valdemar.

Durante encontro entre amigos e simpatizantes, perguntaram para o ex-presidente Jair Bolsonaro, a respeito das declarações de Valdemar. Ele respondeu da seguinte forma: “Lula é popular e não consegue ir na esquina ‘do boteco’ tomar um 51“, se referindo a uma dose de pinga com medo de ser vaiado.  

Valdemar erra quando conduz suas declarações nas entrevistas. Segundo apontou o comentarista do UOL, Josias de Souza, Valdemar teria criticado as declarações de Bolsonaro quando ele se impôs sobre a proposta da Reforma Tributária. O colunista também disse que Valdemar fez declarações simpáticas na escolha de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda elogiou a indicação de Ricardo Lewandowski para ocupar a cadeira de ministro da Justiça no governo Lula. As falhas de Valdemar não param por aí: ele ainda endossou, conforme relatou o colunista Josias, a indicação de Marta Suplicy como vice-prefeita na chapa de Ricardo Nunes, antes mesmo de Lula se pronunciar, o que deu à oposição, a chance para indicá-la como vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), um deslize de furão.

Fundão:
No contexto das ideias declaratórias, segundo apontam especialistas em política, Valdemar vai empurrando os acordos fretados em 2021 com a chegada de Jair Bolsonaro e de toda a cúpula bolsonarista para o fundo do poço, pondo em risco, a qualquer momento, a quebra de um excelente pacto que culminou no rentável fundo eleitoral.

Só lembrando que Bolsonaro já fez isso antes, se desligou do antigo PSL, após fortalecer o partido, hoje União Brasil, depois da fusão entre DEM e PSL. Fazer isso novamente, jogar tudo para o ar, não seria nada difícil para o ex-presidente, se bem que hoje as coisas são bem diferentes daquela época. 

Ao todo, serão R$ 900 milhões nos cofres do PL, contra R$ 600 milhões para o seu adversário, o PT. Na divisão de esquerda e direita, quem se deu bem foi a direita brasileira que somou R$ 2,4 bi, enquanto a esquerda garantiu R$ 1 bi e o centrão R$ 1,3 bi. Num total de R$ 4,9 bilhões, além dos partidos de menor expressão que fecham essa conta.

Regiões:
Na eleição de 2024, pelo menos quatro siglas partidárias vão duelar na região do Alto Tietê, Litoral e Grande São Paulo. Os partidos PL, PT, PSD e Podemos vão lutar pau a pau por cada reduto municipal.

O PL de Valdemar e Tadeu Candelária, presidente estadual da sigla vai jogar pesado para eleger e reeleger seus concorrentes, já o PSD vem com a força e a experiência de Gilberto Kassab, secretário estadual de Governo na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), o Podemos vai ser encabeçado pelo deputado federal Rodrigo Gambale, atual presidente estadual da legenda, já o PT, cada um dos candidatos vão receber reforços dos seus respectivos deputados e da força dos ministérios e dos militantes com apoios dos partidos que formam a federação, neste caso, o PSB, o PSOL e o PCdoB, além do PDT, PV e outras agremiações que se penda para a esquerda.

Após as infelizes declarações de Valdemar Costa Neto, o partido decidiu contratar uma assessoria de imprensa para evitar os deslizes presidencial de Valdemar que sonha aumentar sua cota de prefeitos de 371 executivos no país contra 227 do PT e o Podemos de 162 contra os 968 do PSD que se consolida como a maior legenda do Brasil.

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