Mercado de software no Brasil cresce 30% em 2020
A pandemia de Covid-19 impulsionou a transformação digital das organizações e estabeleceu a modernização como condição fundamental para a manutenção dos negócios. Nesse sentido, os provedores de software viram o mercado alcançar receita de US$ 8,15 bilhões em 2020, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Os dados são do relatório “IDC Brazil Semiannual Software Tracker 2020” e consideram as vendas de software para infraestrutura de TI, gerenciamento de dados, endpoint, rede, CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente), ERM (Gestão de Riscos de Negócios), SCM (Gestão da Cadeia de Suprimentos), além de ferramentas colaborativas e de inteligência artificial (IA), entre outros.
O estudo destaca as soluções de segurança da informação, business intelligence, big data, inteligência artificial e analytics como as principais alavancas de crescimento do setor, voltadas para a inteligência do negócio e tomada mais rápida de decisão. Segundo a IDC, as plataformas de colaboração também foram alvo de investimentos: mesmo já consolidado, o ERP (Sistema Integrado de Gestão Empresarial) cresceu mais de 25% em 2020. “O foco das organizações esteve voltado para ferramentas que geram maior eficiência operacional e equilibram o físico com o digital”, explica Fabio Martinelli, analista de pesquisa e consultoria de software e cloud da IDC Brasil.
Para 2021, a previsão é que o crescimento do mercado de software no país não seja tão acelerado como no último ano, mas ainda deve ser significativo e ficar no patamar dos dois dígitos. A expectativa é que as empresas continuem buscando soluções tecnológicas para agilizar seus serviços e gerar mais valor à linha de negócio, com mais segurança, eficiência e engajamento. “O foco da operação, a experiência de uso do cliente, o processo de logística, enfim, todo o ecossistema do CRM continuará movimentado”, finaliza Martinelli.
Acessibilidade
O mundo está passando por uma transformação econômica impulsionada por tecnologias emergentes e mudanças no comportamento de consumo. De acordo com um estudo da McKinsey, publicado pela Visual Capitalist, 18 indústrias devem redefinir o futuro da economia mundial até 2040, gerando até US$ 48 trilhões em receitas anuais.
Os setores de maior impacto
Entre os segmentos que mais devem crescer nas próximas décadas, destacam-se:
E-commerce – Com um mercado estimado em US$ 20 trilhões, o comércio eletrônico continuará sua expansão, impulsionado por avanços em logística, pagamentos digitais e inteligência artificial.
Software de IA – A inteligência artificial deve movimentar US$ 4,6 trilhões, com aplicações em automação, análise de dados e personalização de serviços.
Serviços em nuvem – O setor de computação em nuvem deve atingir US$ 3,4 trilhões, consolidando-se como a base da infraestrutura digital global.
Além desses setores, outras indústrias emergentes também devem ganhar relevância, como veículos elétricos, cibersegurança, biotecnologia e exploração espacial.
O impacto das drogas para obesidade
Um dos segmentos mais surpreendentes do estudo é o mercado de drogas para obesidade, que pode alcançar US$ 280 bilhões até 2040. O crescimento desse setor está diretamente ligado ao sucesso de medicamentos como Ozempic e seus derivados, que vêm revolucionando o tratamento da obesidade e atraindo investimentos bilionários.
O futuro da economia global
Com a digitalização acelerada e a adoção de novas tecnologias, a expectativa é que essas indústrias tripliquem sua participação no PIB global, passando de 4% para até 16% em 2040. Esse movimento representa uma mudança estrutural na economia, com oportunidades para inovação, novos modelos de negócios e expansão de mercados.
Veja os dez segmentos mais promissores para moldar a economia até 2040:
E-COMMERCE
US$ 20 tri
SOFTWARE DE IA
US$ 4,6 tri
CLOUD COMPUTING
US$ 3,4 tri
CARROS ELETRIFICADOS
US$3,2 tri
PUBLICIDADE DIGITAL
US$ 2,9 tri
SEMICONDUTORES
US$ 2,4 tri
Veículos autônomos
US$ 2,3 tri
TECNOLOGIA ESPACIAL
US$ 1,6 tri
CIBERSECURITY
US$ 1,2 tri
BATERIAS
US$ 1,1 tri